Buenos Aires
Passamos a vida colecionando. Colecionamos livros, latas, bottons, fotos, amores, dores, sabores. Tudo pode virar coleção, sendo física ou emocional. E o mais frequente são as coleções nas quais coexistem o físico com o emocional. Diga-se, de passagem, os álbuns de figurinhas, os cartões de aniversários passados, os CDs já não mais escutados, os livros de infância. Colecionar é deixar porções da vida ao alcance dos nossos olhos. Olhar para pequenos objetos e lembrar de grandes emoções. Olhar algumas palavras e lembrar de discursos. Por isso há algum tempo tenho colecionado escritos. A coleção que começou com poesias apaixonadas, foi ganhando poesias revoltadas, amarguradas. Hoje a coleção é grande e não pára de crescer, ainda que muitas das palavras fiquem guardadas em outras prateleiras, as internas.
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