segunda-feira, março 09, 2009




Razão que salva


São as 7:00h, o céu começa a dar seus sinais de bom dia. Já fazem 12 graus a essa hora. Na rua já se vêem olhos nos outros olhos. As roupas não pesam tantos quilos a mais nos corpos. Um pouco de cores, poucas ainda. O sol chama para perto de si a pele branca dos tais meses escondida. Duas horas depois de entregar-se quase como puta de pernas abertas, está vermelha como gringo em Copacabana.




A fruteira recebe novos convidados. Chegam o morango, a manga madura, as maçãs suculentas e... as moscas! Agora já podem sair dos esconderijos escuros, sujos e fedorentos das casas mal limpadas. Retomam o seu lugar, a cozinha de temperatura e cheiros. Como eu gosto dessas tais moscas! Como sentia saudades suas!




São às 23:00h e estou desnuda. E o mais inesperado dessa história: sem apetrechos para facilitar esse ato, sendo esses aquecedores ou homens calientes. O clima está propício para os animais sem couro grosso, sem pele adaptável a temperaturas extremas, para os que têm os olhos brilhantes ao ver a mistura céu azul, sol a pino, pele livre e brisa do mar. Como se pode viver sem isso? Sendo os únicos do reino animal que raciocinam. Assim pensamos: vai passar.