domingo, janeiro 31, 2010

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Estou adorando isso do celular bater foto (percebe-se pela quantidade de fotos recentes que tenho colocado vindas desse aparato - o que deve-se também ao fato de eu não sair no Rio com a câmera grande). Hoje, domingo lindo de sol, estava eu no jardim do MAM escutando todo tipo de canto de passarinho, vendo familias, casais, cachorros, mendigos; curtindo isso que o Rio tem como pouquíssimas cidades no mundo. É um dos vários cantinhos que a cidade tem e que de vez em quando eu lembro de ir dar uma verificada com os próprios olhos.
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Do início ao fim
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Não foi amor de verão
Foi um encontro há muito planejado
É um amor presente
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Não foi loucura da nossa cabeça não
Eles também viram nossos olhos brilharem
Nossas mãos entralaçadas de desejo
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Não foi paixão avassaladora
Os anjos abençoaram o palpitar de cada encontro
Estiveram presentes no soluçar de dor.
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04.01.10

quinta-feira, janeiro 28, 2010




A dor de coração é cruel porque não se limita ao seu espaço, se alastra por qualquer caminho que fizer ligação. Não respeita limites nem espaços alheios; vai chegando sem pedir licença, entra e se aloja. Fica, se esparrama. E o pior é que é dorzinha irritante, que não passa nem na hora de dormir; entra pelo sonho adentro. Que sem vergonha essa tal de coraçãozite!

quarta-feira, janeiro 20, 2010


Segredo de vendaval

O vento suspirou ao meu ouvido
Me contou segredos que não posso mesmo dizer
Pediu pra guardar aqui em mim

Hoje quando o vento balançou meus cabelos
Daquele jeito pra lá e pra cá,
Pra lá e pra cá, prá lá e pra cá

Me contou que existem várias formas de acariciar
E que para fazê-las o cabelo tem que despentear

Me perguntou se entendi
E pra responder sem dizer
Balancei a cabeça
............ Pra lá
E pra cá
............ Pra lá
E pra cá
............ Pra lá
E pra cá
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18.01.2010

sexta-feira, janeiro 08, 2010


No dia 25/11/09 escrevi algo aos amigos e enviei por email. Logo de manhã os amigos queridos receberam essa surpresa na caixa de entrada. É mesmo uma grande satisfação receber palavras que não sejam em vão e que representem profundidade.

Compartilho as palavras e a foto, tirada por alguém escolhido na rua pelo simples fato de estar passando por ali naquele momento da união dos amigos. Acho que a pessoa não tinha o dom da fotografia.

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Amor de amigo

Amo vocês que não julgam atos
E sim agem pra rirmos juntos.

Amo vocês que não choram raiva
E sim rolam as lágrimas de emoção.

Amo vocês que estão sempre
Em algum lugar chamado coração.

Amo vocês que olham o céu e, junto comigo,
Agradecem a Deus por mais um dia.

Amo vocês que abraçam mesmo sem abraçar
E beijam beijo de verdade, não de buchecha.

Amo vocês que gostam de gente,
E por isso se esforçam para os encontros reais.

Amo vocês que são.
Amo vocês que falam.
Amo vocês que riem.
Amo vocês que acreditam.

Amo vocês.

quarta-feira, janeiro 06, 2010


A casa de hoje

Estou sentindo tudo.
Isso, gerúndio mesmo.
Hoje cada sensação interna
Parece falar em distintos tons.

É um coral de dentro pra fora.
As vozes são femininas,
E masculinas também.
Até o atrito dos órgãos sinto hoje.

Poderia subir em qualquer palco
E declamar as poesias que estão.
Dar liberdade às palavras
Deixá-las voar como aqueles pássaros
Que avisto daqui atrás do morro lá longe.

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Não sonhei esta noite.
Apenas fechei e abri os olhos, rápido assim.
Quando levantei para este dia
Me deparei com uma flor macia e cheirosa;
De tão perto era impossível não perceber.

Investigando reparei que minha pele
Hoje tem diferentes cheiro, suavidade e veios.
Acho que a flor é uma rosa
E está aqui, aqui... aqui dentro.

segunda-feira, janeiro 04, 2010


Achei a foto de hoje...
*Rodrigo Ramirez
Hoje não tem imagem não. É página em branco, sem cor mesmo.

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O que é tem força


O samba é o caminho mais curto entre meu corpo e alma
O samba alcança a alma em frações de segundo
O samba faz a alma se sentir viva, vibrante

E quando essa alma se apaga
Ainda que o corpo não a acompanhe
Parece levar consigo o samba
E deixar o silêncio

Esse mesmo silêncio
Outrora chamado luto
Subiu no palco da vida outra vez a cantar
Aquele samba nosso
Aquele que não ouvimos
Aquele que você não tocou pra mim

O silêncio tomou o microfone
E balbuciou algumas palavras
Esboçou que o corpo ainda mexia
Que não era corpo morto não

Cantou a letra do que existiu
E deixou o fim da frase
Pra gente completar
Você completou e saiu
Eu fiquei com ela aqui pelo meio