quarta-feira, março 31, 2010

Pessach em família

Família tem disso, ame ou odeie. Porque os dois sentimentos estão abraçados. Em geral o amor prevalece mas que tem momentos que a vontade é de fugir e sair correndo, isso tem. Ontem foi um dia em que os dois sentimentos deram as mãos e caminharam juntos em mim. Percorreram a mente e coração. Começou pela manhã com o ódio e foi passando ao longo do dia ao amor. Agora tá é toda a gosma misturada... eita!

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terça-feira, março 30, 2010

weheartit.com

O mês de março está ganhando em disparada dos outros meses em relação à quantidade de posts no blog. O mês de março, além de mês de fim de verão, é também mês de águas. As águas de março resolveram invadir o corpo, a casa. Mais especificamente, o corpo está deixando sair as águas há alguns meses de calor intenso, presas em si. E a casa está se deixando invadir pelas águas paradas nos encanamentos há muito não mexidos e pelos respingos das chuvas que batem naquela quantidade enorme de árvores que vejo da janela.

O mês de março já está acabando. Estranho, não o vi passar. Acho que a enxurrada me alagou e fiquei afundada em afazeres, pensamentos, ações, sobrevivência. Sobrevivi ao mês-três do ano vinte-dez. Mês de três ou mais grandes descobertas. Mês de três ou mais mil reais gastos. Mês de três ou mais homens. Mês de menos de três amores.
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segunda-feira, março 29, 2010

Hoje o dia foi longo. 17 horas já online para um dia é muito. Foi dia de cuidar do corpo duas vezes. Foi dia de cuidar da mente. Foi dia de chorar. Foi dia de descobertas. Foi dia de revelações. Foi dia de cozinhar. E o melhor do longo dia de hoje foi a lua cheia bem baixinha, na beira da estrada. Chorei e bati palmas pra ela. Hoje o dia foi de longas emoções.

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domingo, março 28, 2010

Barcelona

Eu sei que me conheço (não totalmente porque isso nunca haverá). Mas sei que só o auto-conhecimento permite regenerar-me de forma tão rápida. É impressionante mesmo como a capacidade de ultrapassar obstáculos ou recuperar a energia perdida é apenas e somente nossa. É pensamento primeiro depois passado a ação, que permite (re) agir. Fato é que o auto-conhecimento nunca será mesmo total. Engraçado, eu achava que não éramos infinitos, que mais cedo ou mais tarde já nos conheceríamos tanto a ponto de conhecer todas nossas reações, ferramentas, sensos de humor e tudo o mais; mas como cada dia somos novas pessoas de acordo com as situações que nos deparamos na vida, esse conhecimento de um mesmo é realmente sem fim.

Hoje conheci (ou me lembrei) de um lado meu com o qual preciso me enocntrar mais vezes. Vou marcar uns encontros com meu lado raivoso pra ver se chegamos a alguma conclusão juntos. Porque, ainda que todos gostem que eu seja um amor de pessoa, sim, a raiva também está presente em mim. Não haveria Ying sem Yang. E tenho, literalmente, os dois.

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sexta-feira, março 26, 2010

Buenos Aires


Hoje começaram os encontros mensais do grupo (Mulheres) na Pia. A princípio 7 mulheres, 7 histórias, 7 pontos de vista. Cada mês um tema, uma receita, uma casa. Objetivo? Cada uma tem o seu. O meu: filosofar, rir e encontrar. A noite de hoje: pasta de ricota com cebolinha, farfalle ao molho de tomate com maçã, sorvete de flocos, vinho chileno Merlot, café. Temas variados e decisão do tema foco do próximo encontro: a Geração Y. Desses encontros nascerá um blog.


E que todos tenhamos espaço nas nossas rotinas para um momento de filosofia, risos e encontros!

quarta-feira, março 24, 2010

Compartilhando um email enviado a uma amiga há tempos atrás:

Subject: A ponta do iceberg

Como bem sabemos, o iceberg começa com uma pequena ponta em cima da água. Uma ponta que esconde atrás de si um bicho enorme, gigante, que amedronta até os tubarões que passam por aquele local no oceano; que têm medo de esbarrar nele e ficarem presos ali, atolados. Sim, a ponta do meu iceberg tem nome e começa com "A", a primeira letra do alfabeto e a que mais eu digito no meu teclado - a única que já teve a letrinha apagada e virou uma tecla preta. A ponta do meu iceberg preferiu não estar comigo, preferiu ir embora e levar consigo todo o amor que sentimos um pelo outro. A ponta minha de iceberg, era minha sim naqueles dias que o tempo não existia, que o seu olhar era só meu, eu me via nas suas pupilas e via que só a minha imagem estava ali. A ponta do meu iceberg resolveu trazer o resto e iceberg que havia embaixo de si e se mostrar. Mas o pior é que mostrou o resto de iceberg e foi embora. Largou eu, resto de iceberg, mar, bichos estranhos... deixou tudo pra traz e levou a pontinha; aquela pontinha bem acima, que fica na junção do topo de tudo. Perdi a pontinha e ganhei a profundidade inteira. Levaram o "A" e deixaram o resto do alfabeto todo pra eu cuidar. Fiquei com a imensidão que existia e estava ali escondida, adormecida na verdade, latente. E agora essas letras todas resolveram se armar, se levantar, se mostrar e estão mesmo fazendo uma sopa de letrinhas na minha mente. Começo a me lembrar dos "B", dos "C", dos "D" (esses são muitos) e assim por diante e vejo que em cada letra existem pontos em comum e outros distintos. Aí fico me perguntando, se no meu nome não tem "A" porque fiquei tão apaixonada por um "A"? Pois é, preciso de um complemento, talvez mesmo um outro alguém que não tenha o que eu tenho; ou o que seja diametralmente oposto a isso. Não sei. Não sei. E não sei. Mas sabe o que me cansa, de tanto que sei? Que o amor que há em mim é infinito. E que o iceberg que estou tendo que carregar agora fica leve se o seguro com os braços do meu amor próprio. Mas sabe o que mais? Ter uma forcinha dos amigos nesse momento ajuda a dividir melhor o peso. Obrigada por tudo. Ah! Só pra finalizar. Posso pedir uma coisa? Hoje fala mais que os outros dias que você me ama e que sou muito importante na sua vida? Obrigada de novo, de uma amiga-alterofilista.

;)

quarta-feira, março 17, 2010

Identifiquei
Falei
Beijei
Transei
Expliquei
Tentei
Entendi
Vivi
Fiz
Esqueci
Relembrei
Voltei
Fui
Amei
Odiei
Dormi
Acordei

Pretérito perfeito
Presente imperfeito

Cansei
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17.03.10

terça-feira, março 16, 2010


Quando olho a blusa florida
Me lembro das flores todas que desabrocham
Em mim agora como há muito não
E relembro as que ele me deu
Homenageando a nova fase vivida

16.03.2010

segunda-feira, março 08, 2010

Maternidade

Força e delicadeza

Imaginemos um leão;
Um daqueles com bastante pêlo na cara
Que abre o bocão pra mostrar território
Que corre desvairado atrás de suas presas
E que está sempre por ali, pronto.

Imaginemos uma orquídea;
Uma daquelas branca e rosa claro
Que de tão fininha parece que vai se desfazer
Que ocupa espaços de decoração
E é sinônimo de bom gosto e sofisticação.

Imaginemos uma moça;
Uma daquelas morena, loira, ruiva
Dessas que têm boca delicada, pele macia
Que falam com determinação e audácia
Uma dessas que você encontra todos os dias

Ela é mesmo uma mistura
Uma mescla de força e delicadeza
Um código nem sempre decifrável
Pronta pra um grito ou um chamego.

08.03.10