domingo, dezembro 14, 2008




Agora já chega de reclamar da falta de quórum deste blog, inclusive porque já tive muitas provas do contrário. Afinal, meu papel desde o início que esta coisa foi criada sempre foi escrever pensamentos, divagações e assuntos diversos e não reclamar (ainda que muitas vezes, não poucas, seja esse o pensamento predominante em minha mente).



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O clima em Barcelona está cada vez mais frio. A mudança é lenta e gradual, vem de mansinho e pode-se fazer desapercebida para os menos sensíveis. Mas nós, cariocas da gema, moradores dos 40 graus grande parte do ano, sentimos literalmente na pele a mudança. O que antes eram os 6 graus na madrugada, agora passam a ser às 7 da noite já. O casaco que usava ao meio-dia agora é usado para dormir embaixo do cobertor. Ok, nada que casacos, chás e abraços não dêem jeito (apesar dos últimos não serem tão facilmente "adquiridos" como os dois primeiros).



Porém esse frio todo não é empecilho para as compras de Natal e o movimento de ruas do último mês do ano. Sim, esse é um fenômeno mundial (bom, sendo o mundo nesse momento para minha referência o Brasil e Barcelona - risos). Um passeio por uma das zonas de compras da cidade me fez perceber quão consumistas as pessoas ficam nessa data (e como esse fenômento é contagiante - imaginem, não saí de mãos vazias, claro!) e, ao mesmo tempo, como o clima fica de certa maneira familiar nas ruas. São famílias indo às compras juntas, é mãe comprando presente para filho e todas as possíveis conjunções dessa mesma ação. Aproveitando-se do movimento, estão nas ruas músicos com o chapéu estendido, pedintes, ambulantes, guias turísticos e muito mais (como eu, por exemplo, curiosos-fotógrafos-inxiridos).



A cidade ainda que fria está gostosa, interessante. A casa, ainda que casa, está muito fria! O quarto, ainda que aconchego, está muito branco (e muito bagunçado, sempre). Esse é um ponto que ainda não consegui acreditar não haver mágica, como crianças que insistem até o final para saber a resposta de um enigma. Não é possível que não vá aparecer alguém, milagrosamente, um dia de tarde no meu quarto e arrumá-lo... Cada dia espero esse fenômeno acontecer e como não aconteceu (ainda) o quarto continua bagunçado. Claro, NÃO é culpa minha... Sim, podem rir, é tragi-cômico eu sei... mas alguém se habilita a vir fazer essa mágica ou tem alguma dica de como o poder da mente pode transformar esse quadro?!



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Reflexões de Inverno



O coração sente a falta do aconhecego materno


Do abraço fraterno constante


Dos risos gostosos em mesa de bar


Em casa de tia, em carro de amiga, em cama de algum.




Câmera sedenta por novidades


Alma buscando conforto já conhecido


Corpo respondendo, chiando


Mente às vezes serena, muitas instável.




Os chamados experientes


Dizem ser normal ditas sensações


Novas e já antigas nesse momento


Boas e angustiantes.




Parece o ciclo natural este ser


Do crescer e aprender


Do ver, sentir, refletir e agir.




E se quiser atrás voltar,


Isso já não existe,


Porque o futuro já à frente está.