quarta-feira, agosto 26, 2009



uma flor, dois amor.


era aniversário dela e seu marido lhe deu uma orquídea

dessas brancas lisas, sem fibras, como princesa de conto de fadas.

passou uma semana e ela, que não tem paciência para as flores, a deixou do lado da lixeira.

o porteiro, do tipo que prefere as plantas aos humanos, amarrou a tal flor na árvore em frente ao prédio.

ventou, choveu, relampejou. a orquídea, de tão delicada, voou. sua liberdade a levou pro mar.

passa dia, passa noite. dia, noite, dia, noite.

algumas 24 horas depois, desta vez à noite, a filha da tal ex-aniversariante vai ao mar com seu amado - o tal odiado pela familia por ser poeta, justamente o que ela mais ama nele.

nesse dia olhando o mar, quando as horas passavam sem ver, uma flor surge como que trazida pelo além. era uma orquídea branca que ele levantou pra buscar e colocou no cabelo dela.

uma orquídea dessas brancas, lisas, sem fibras, como princesa de conto de fadas.

ela ficou mais linda do que ele a via antes. e ficou mesmo. deslumbrou, brilhou.

abriu a porta de casa, a mãe quase chorou quando viu a luz que a filha carregava. era a flor. mas era muito mais o amor acumulado.


Um comentário:

Rodrigo disse...

Muy bien, esta vez no necesite mucha traduccion, Me gustaron cosas muy sutiles del poema.

Detalles e instantes, son los que quedan.

ya esperaré que publiques uno nuevo y aca estaré para leerlo.

un beso grande Gi!