segunda-feira, julho 12, 2010



Botà-Nicko

É um museu ao ar livre,
Cada árvore um quadro a ser apreciado.
Distancio-me os 2 metros necessários
Para apreciar beleza natural tão inocente.

Essa inocência da natureza me fascina.
Estímulo para a criatividade.
Alimento para a memória futura.

O museu ao ar livre
Está bem do lado da minha casa;
É a minha casa.
São nessas árvores centenárias
Que acomodo alguns dos sentimentos
Que não cabiam em cômoda alguma
Do meu dormitório calorento.

O chão de terra esse,
Faz rememorar a árvore que também sou;
Pedras pequenas no caminho,
Crianças empurradas no carrinho;

E o que prende o meu olhar
São as árvores hospedeiras;
Trepam umas nas outras
Pedindo alento, alimento.

O museu é democrático
Ainda que seja todo de um Artista só
Várias espécies, vários verdes
De muitos lugares, de muitos passados.

E os visitantes, dos mais diversos,
Caminham com os mesmos olhos para cima
Admirados com a sua pequenez

Como não poderia ser diferente,
Museu de tanto sucesso de público
Só existiria muito bem abençoado.

Tem um Cristo que o protege
Bem abaixo dos seus braços.

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Um comentário:

Tonia Casarin disse...

Muito fofa essa poesia... Adorei!!!