terça-feira, abril 13, 2010

Tietê - SP



Inventam mesmo dia de tudo. Hoje, há muitos anos para minha surpresa, é o dia do beijo. Ser dia do beijo significa que temos que beijar? Se temos que beijar há de ser na boca ou pode ser qualquer um? Pode ser beijo na testa? Beijo de borboleta? Vale beijo de mãe? Desde ontem ouvi falar desse tal de dia do beijo e comecei a refletir a respeito. Pra começar só de falar nessa palavra dá uma vontade enorme de beijar (o que já me fez começar a ter um pouco de algum sentimento estranho em relação a esse dia - algo entre raiva, preocupação e ansiedade). E bom, uma mulher de 26 anos quando pensa em beijo raras vezes pensa em beijo na buchecha. Pois então, as imagens variadas de cenas mil de beijos cinematograficos vieram à mente e a boca começou a aguar mesmo. Foi, acho eu, a primeira vez que me dei conta de que a boca dá água quando tem vontade de encontrar outra boca. O dia passou, li vários posts, tweets, mensagens sobre o beijo e a vontade só aumentou. Funciona mesmo esse tal marketing viral. Tantas mensagens bonitas sobre o beijo, tantas conclusões biológicas, tantos textos. E no final me encontro com minha própria boca e percebo que está só. Ficou isolada pelos nódulos na garganta. A água ficou parada e não desceu; o desejo ficou parado e não subiu.

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