quinta-feira, fevereiro 25, 2010

Luxor - Egito

Às vezes me pego olhando pro nada
E quando me dou conta estou olhando para o que passou
Relembrando perfeitamente seu cheiro
Enxergando todos os detalhes dos seus sinais, aqueles do pescoço
Sentindo o cheiro que aqueles vizinhos da frente não podiam sentir
Aquele cheiro entre o ouvido e a nuca

Mas o pior é quando o olho precisa piscar
De tanto tempo que pro nada olhou
E começa a ver a vida real que passa
O vazio que sinto aqui dentro
E os cheiros todos que preferia não sentir.

25.02.2010

Um comentário:

Tonia Casarin disse...

E os cheiros, ah, os cheiros...
Esses, a gente não esquece nunca...