quinta-feira, julho 17, 2008


Se a vida é justa ou injusta? Minha mente insiste em me perguntar isso e eu insisto eu repetir a pergunta para pensar um pouco mais antes de responder mas, ainda assim, me pego pensativa, divagando, até que outros porquês vêm à tona e aquela dificil pergunta vai para longe (não por muito tempo, pois repetidamente vezes volta e querer a tal da resposta). Creio que não se trata exatamente de justiça quando está em foco o motivo da vida; a referência está na realização. O fazer não é justo ou injusto quando a intenção é a melhor possível; quando o ser que a realiza está imbuido de sonhos, de projetos agora colocados em prática, da vontade de também deixar ou seu feito no mundo. A balança que representa a justiça (a mesma que desenha o signo de libra, dito um dos equilibrados, ainda hoje não percebido por mim como tal), pende para os dois lados dependendo do peso colocado em cada um. Sim, nossas vidas são assim, às vezes para um lado às vezes para outro; mas não é assim o que chamamos de Vida, existência. A Vida, que vai muito mais além do dia a dia humanizado, não tem símbolos que a representem, ela simplesmente é. Nós sim precisamos de elementos, de fábulas, de histórias nas quais nos embasarmos para, com essas metáforas, seguirmos fortes e ilesos, na continuidado da missão começada em algum tempo não identificado por nossó relógio interno. O tempo do feito não é o mesmo o qual imaginamos ser o ideal; o tempo da realização é o tempo que deve ser, é o tempo que precisa para acontecer. Cada um vive num tempo paralelo. A linha do tempo de cada ser humano, dependendo da cultura em que inserido, das cobranças as quais têm que responder, do sol que aparece ou não, da ansiedade pelos sonhos a se realizar, varia. E até que ponto vai nossa capacidade de abstração para compreender o início e o fim da ampulheta de cada um? Não creio que sejamos tão divinos a esse ponto, ou talvez nem o divino compreenda quão importância damos ao quesito tempo quando ele o criou.


Vivemos em redes, em teias pessoais acopladas umas nas outras formando a grande relação entre tudo e todos. Não só as ações de cada um influenciam umas nas outras como também os pensamentos. Atitudes, assim como o que passa pela mente, gera onda energética e cria na teia de cada um certa vibração. Quando esta tal vibração se encostar na rede do outro ao se aproximar, a vibração antes criada gera algum tipo de efeito. A responsabilidade de tal efeito, positivo ou negativo, é dos dois seres humanos ali envolvidos na comunicação. Gerar atitude e pensamento em prol de um planeta mais digno de abarcar toda essa comunidade é responsabilidade de cada um e, creio eu, faz parte da missão de todos.


Tanto aqui como do outro lado do mundo, como em qualquer sítio escondido que se vá, há aqueles que fazem e os outros que esperam acontecer. Um momento de parada faz parte da evolução (é importante respirar fundo no meio do caminho entre o nível do mar e os 4.000 metros de altura para que se consiga chegar ao topo e ver a vista). Não podemos é achar que a parada é o caminho, porque nunca nenhuma pessoa chegou a algum lugar sem se mexer. Percebamos naqueles que fazem da sua vida o próprio exemplo e contiuemos a nos espelhar nestes para realizar o nosso, que pode se tornar o exemplo de alguém.

Nenhum comentário: