Poderia começar com um texto de abertura ou algo que tivesse um significado atual ou até que explicasse de certa forma o porquê da criação deste blog neste dia-hora-país-pessoa. Há uma explicação, não profunda porém não menos importante: em breve mudarei de casa, irei para outro habitat. Fato este que de antemão já me traz a certeza dos muitos escritos a serem criados e da vontade enorme de compartilhar com os amigos. Com isso, hoje nasce o Colcha de retalhos, espaço para nada mais nada menos que eu colocar para fora um pouco do que minha mente devaneia.
Para iniciar, sem grandes significados e sim apenas porque há de haver um ponto de partida, uma poesia escrita há cerca de 7 anos atrás. Pois é, comecei a escrever (dentro do que minha memória é capaz de lembrar) em 2000. Deixo aqui registrada a minha vontade de, em 2010, homenagear a mim mesma com um livro dos meus escritos. Nada de hostentação egóica pessoal e sim a realização de um dos sonhos que turbinam meus passos!
Outro ponto importante neste momento é lhes dizer que as fotos desse blog serão minhas (a não ser que a inspiração esteja pequena, a preguiça grande ou haja outra foto de outro alguém que ilustre muito melhor). E os textos, claro!
Namastê!
* * *
Memória
Caso todas as memórias ficassem armazenadas,
Engavetadas,
Acumuladas no meu próprio arquivo cinza grande,
O tempo teria parado ali.
Teríamos ficado eu, cartas, bilhetes borrados de lágrimas,
Sorrisos entremeados, entrelinhas caladas, frases ditas suadas,
Fotografias rasgadas, músicas ouvidas, camisinhas usadas.
Agora, sobrepondo-se à memória o esquecimento.
Chave motora para o prosseguir
O seguir adiante,
Mantendo à frente o caminho traçado.
Contudo sabendo que se trata apenas de tempo,
Para o hoje se tornar memória
Submetendo-se ao indispensável esquecimento,
Salutar na continuidade.
E enquanto é presente ficam os desejos.
Das cartas por vir, dos olhares a trocar, dos sonhos a planejar.
De tudo o que poderia ter sido,
E que ainda pode.
Lembrando-se da premissa do posterior esquecimento.
Caso todas as memórias ficassem armazenadas,
Engavetadas,
Acumuladas no meu próprio arquivo cinza grande,
O tempo teria parado ali.
Teríamos ficado eu, cartas, bilhetes borrados de lágrimas,
Sorrisos entremeados, entrelinhas caladas, frases ditas suadas,
Fotografias rasgadas, músicas ouvidas, camisinhas usadas.
Agora, sobrepondo-se à memória o esquecimento.
Chave motora para o prosseguir
O seguir adiante,
Mantendo à frente o caminho traçado.
Contudo sabendo que se trata apenas de tempo,
Para o hoje se tornar memória
Submetendo-se ao indispensável esquecimento,
Salutar na continuidade.
E enquanto é presente ficam os desejos.
Das cartas por vir, dos olhares a trocar, dos sonhos a planejar.
De tudo o que poderia ter sido,
E que ainda pode.
Lembrando-se da premissa do posterior esquecimento.
Um comentário:
Para a minha amiga-poetisa-sempre-inspirada, que este espaço receba MUITOS e MUITOS registros positivos e belos, desta etapa que está por vir....
bjos da Mari
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